29 de setembro de 2008

MUITAS HORAS DE ALMOÇO

12 . ALMOÇAR
5 . SEREAIS
12 . OVO – BREAKFEST
. DORME
. ACORDA
12 . ALMOÇAR
5 .
12 . OVO – BREAKFEST
. DORME
. ACORDA
12 . ÁGUA
5 . BANHO
12 . ÁGUA
. DORME
. ACORDA
ÁGUA
. DORME
. ACORDA

. DORME
. ACORDA

. DORME
. DORME

. ACORDA
. DORME

. DORME
. DORME

.
.
.
. DORME
...

16 de setembro de 2008

...


E Luísa tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saia delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!

6 de setembro de 2008

10 contados



Meu amor não se atrase na volta não
Meu amor não, não, não
Meu amor não se atrase na volta não
Meu amor, meu amor, meu amor, quem mandou?

Mandei uma mensagem a jato às entidades do tempo
Já me foi verificado que nem mesmo haverá segundos
Que os minutos foram reavaliados e que pra cada suspiro serão 10 contados

Meu amor não se atrase na volta não
Meu amor, meu amor, meu amor, quem mandou?
Meu amor não se atrase na volta não
Meu amor não, não, quem mandou, quem mandou?

Mandei uma mensagem a jato às entidades do tempo
Já me foi verificado que nem mesmo haverá segundos
Que os minutos foram reavaliados e que pra cada suspiro serão 10 contados

3 de setembro de 2008


Comigo nada é igual ao dos outros, não importa o que você diga de fato tudo em mim é diferente.
Meus pensamentos são diferentes dos teus, são confusos e as vezes vazio, as vezes me perco em falsos desejos, me perco em coisas que me esqueço depois.
O meu olhar não é o mesmo que o teu, meu olhar sempre diz alguma coisa, mesmo que você não entenda.
Meus lábios beijam diferente dos teus, minha língua passa pela tua de modo diferente e acho que você nem percebe.
Meu pescoço se inclina para o lado e olha para a janela do ônibus diferente de todos, tem um ar elegante sempre envolto de um lenço, mas você não sente nem ao menos o meu doce perfume de chocolate.
A maneira com a qual deixo os braços e cruzo as pernas são diferentes de suas manias, mas você nem vê.
Meus passos sempre curvam as calçadas de maneira mais simbólica, mas você só me vê andando.
Talvez eu tenha me acostumado com esse costume de todos passarem e nem se olharem, mas eu adoraria poder sentir seu olhar, perceber que você ao menos tentou me entender, mas eu sei que de fato em mim tudo é mais incomum que os outros