20 de fevereiro de 2010

Então eu não digo nada, pois você não acreditaria, me coloco na frente da câmera e faço um discurso digno de grandes lágrimas, em mim só resta um coração exposto e nu, não entendo bem o momento, mas acredito que é possível recolocar as máscaras e me manter protegido, me manter distante, ou talvez me largar nas agressões e deixar que me puxem o cabelo e cuspam na minha cara.
As considerações serão póstumas e desnecessárias com a percepção, talvez errada, de que eu nada preciso, de que eu posso seguir sem olhar, mas o tempo passa, e logo chega o momento de eu ir, e para onde irei então?
É um momento que devo recolocar as minhas questões, e preciso lavadamente de um passeio no parque, então me convide para um jardim, ou uma caixa de fitas.
Minhas coisas nem parecem mais minhas, aquele tempo que eu sempre exijo de mim, para reorganizar tudo, até agora não sei fazer isso.
Preciso perceber melhor o que eu sei fazer, sobre ser e fazer, sobre isso que é a vida ou as coisas parecidas com isso.