Meu maior problema é o silêncio, por isso que eu grito, me haja fôlego e pregas vocais para tanto grito, tenho gritado desde os todos anos
que tive, é como se fosse um grito que tive a partir do parto, e não me tivesse
faltado fôlego para mantê-lo até o fim da vida, em todo o tempo, tudo
atrapalhava esse grito fino e mesmo assim, continuou, pior que qualquer bossa;
A qualquer momento me faltará voz para tanto grito, desmotivo.
As piores vezes são quando meu grito não é o suficiente, daí eu canto, cantar incomoda, sempre incomoda, meu cantar gritante é alto e incomoda, meu canto vai tirar seu sono, muitas e muitas vezes, pois é no teu sono que meu canto é.
E eu sou completo, sinto-me como uma bolha, e luminoso eu explodo em um outro grito, e não sei nunca quando parar.
E isso tudo devo à minha fobia de silêncio, não lido bem com o silêncio, nem gosto.
As piores vezes são quando meu grito não é o suficiente, daí eu canto, cantar incomoda, sempre incomoda, meu cantar gritante é alto e incomoda, meu canto vai tirar seu sono, muitas e muitas vezes, pois é no teu sono que meu canto é.
E eu sou completo, sinto-me como uma bolha, e luminoso eu explodo em um outro grito, e não sei nunca quando parar.
E isso tudo devo à minha fobia de silêncio, não lido bem com o silêncio, nem gosto.
Sinto
que estou enlouquecendo, muito.
Que se
me amar agora, só agora, saberei que você pode me amar para sempre, pois só
agora eu sou o eu que sou, e só agora eu posso dizer com verdade que odeio
quase tudo, e que sei me amar, mesmo com todo o ódio que tenho de mim, e só
agora como estou de toques, como estou assim de toques e por toques, só agora
eu sei que ... sou difícil de chegar e quando chego a vontade que tenho é um
choro contido e me dói, me dói muitíssimo e eu não sei os caminhos, mas as
vezes chego a saber que não há caminho nenhum e que eu não sou de importância
maior só por chegar no meu transe significado, mas, espero sempre alguma coisa
que me tire do levitado ar que beijo, que me apague as frustrações que tenho da
vida curta, que levei sem muito.
E me
tenha logo nos braços e suspire, se encha de mim pois eu sou ar, se entupa de
meu existir pois sou agora melhor do que nunca mais serei, e só chego aqui
sozinho, e só chego aqui sem companhia maior, só chego aqui quando não tenho
mais ninguém para depositar tão imensa admiração que tenho das coisas, e
deposito em mim, por pura falta de opção e deposito em mim, e é muito disso que
sou, quase nada, mas sou.
Estou
pedindo para que me distraia da vida, pois sim, isso que sinto é a vida, a vida
em poeira que me arde os olhos agora, que me dói, que de tão real se dissolve
nas paredes de um tempo infinito, deixando passar, me faz vontade de choro, e peço que me tire da
vida, que me distraia novamente e assim eu volto, e ao voltar serei mais uma
vez, infeliz de significados, e peço que me deixe ser isso, que me volte para
tão infinito desgosto, pois assim que eu estiver, nunca perceberei que me era
tão cruel a vida, assim como sei que estar onde estou nesse momento poeira, me
dói, me dói, e eu sou covarde demais para conseguir ficar, me tire, me tire de
qualquer realidade que vivo ou me deixe ouvir aquela canção, aqui onde estou,
os sons estão apagados e eu não sei ouvir, aqui onde estou eu procuro a luz de
tudo, e nada brilha o suficiente , aqui onde eu estou, eu nem sei onde é, me
tire rápido, antes que seja tarde e eu não consiga nunca mais sair e me perca
no infinito desse silêncio ensurdecedor que me ofende... que me ofende...
Eu, já
tentei muitas palavras no passado mas, mas, mas o que? E perceber como a minha
orelha ficou bonita naquela foto, pois sim.
Todo o
caminho que eu soube, não existe mais. Apagaram.