17 de agosto de 2008
Morangos
Então o menino se levantou da frente do computador e foi até a geladeira para ver o que tinha lá dentro, tinha uma caixa de morangos com seis morangos meio velhos lá dentro, pareciam bons ainda, ele tirou o tablete de fermento que estava em cima da caixa de morangos, pegou um morango, o maior e mais bonito, foi até a pia tirou o cabinho lavou e comeu, quando terminou de comer este ficou com vontade de comer outro, foi de novo até a geladeira e pegou a caixa toda, sobravam cinco morangos, pegou um qualquer lavou tirou o cabinho e comeu olhando para a janela como se alguma coisa interessante estivesse acontecendo, mas nada de interessante acontecia, é claro, no terceiro morango lavado e sem cabinho que ele comia, viu o gato subindo a escada e ir se deitar no beiral para tomar o resto de sol que sobrara daquela tarde monótona e sem graça, foi no quinto morango que cheio de tédio viu que o vento soprava as folhas com calma como se estivessem conversando sobre coisas que velhos conversam nos parques, praças, pontos, esquinas, ônibus, clinicas, metrô, portões e muros, lavou o ultimo morango, tirou o cabinho, foi até o armário, pegou o recipiente de porcelana, colocou o morango dentro, fechou com um pires como se fosse tampa, abriu a geladeira e colocou lá sem olhar direito onde, fechou a geladeira e voltou para o computador.
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