28 de agosto de 2008

Solitaro viajante



Na minha cabeça tem um zumbido
Acho que é uma gaita
Ou um sopro metálico
Um batuque ao fundo
Ninguém fala comigo
Eu sigo viajem e ninguém me percebe
Sou só mais um vigiado da lua
Mais um na terra
Um dos que anda pulando as amarelinhas
Com aquela canção de poesia
Sempre, sempre na cabeça
Eu até daria a lua um presente de ouro
Afinal só ela me vê,
E me sente
É a única que me percebe
Dela eu tenho admirável atenção.
Mas é só poesia de outrora
E esses minutos teimosos ainda são contados
Às vezes são contados também depois do enterro,
Não no meu caso
Ninguém conta
Ninguém contará
Mas a lua me espera.

Nenhum comentário: