Estávamos Adriana e eu saindo do hotel quando Adriana sentiu a necessidade eloquente de comprar botas, eu obviamente que a alertei o fato de não termos tempo, ela insistiu e claro fomos as vitrines, ela adquiriu um belíssimo par vermelho de 3.000 dólares que fez estrondoso sucesso no aeroporto, mas estávamos indo para Rússia, e sempre na Rússia Adriana entra em depressão, encontramos Regininha depois de três semanas dentro do avião na primeira classe, ela sustentava um belo sorriso, Adriana já estava um tanto seca e não via a hora de bebericar um Martini ou um pro seco ou os dois.
Durante a viagem acordei ouvindo alguns gritos de Adriana, a comissária teimava em não deixar a garrafa de rum, mas o escândalo não durou muito tempo, já havíamos chegado na fria Rússia. Conversava com Regininha sobre aquelas torres coloridas que não podíamos deixar de ver e claro tirar fotos, mas não tínhamos tempo.
Lembro-me uma vez no metrô, Adriana e Regininha e eu, foi um dia longo aquele, uma das poucas vezes que pegamos metrô e foi na Rússia, Adriana fica um bocado deprimida na Rússia, talvez porque a vodka é mais forte lá, mas enfim, Regininha pra variar tinha sumido e Adriana num surto psicótico e depressivo decide se atirar nos trilhos, eu tento impedi-la e as pessoas se afastavam, o tumulto foi tanto que nem me lembro os detalhes, em situações extremas eu perco a noção do “tempo/espaço”, enfim, quando já estávamos sendo acalmados pelos guardas Regininha aparece e eu a questiono é claro, ela diz com uma cara langda e ingênua que estava no banheiro, e de fato eu a vi saindo do banheiro, mas era o masculino e eu digo isso a ela, mais uma vez sonsa e feliz me responde, eu sei!
Definitivamente não tivemos tempo para fotos daquela vez!
Nenhum comentário:
Postar um comentário