2 de dezembro de 2009

Carta

Tão delicadamente eu sinto os dedos sobre a pele asperoza , o vento agredindo lentamente aqueles fios embaraçados de cabelo, tão leve eu rodava em pensamento no meu jardim, eu podia ouvir cada cançãozinha, cada barulhinho doce do meu jardim. A câmera tremia um pouco com a delicadeza do momento, os olhos da moça sorriam com o som, o som passava grande no coração, amaciava o leitor de sonhos.

Um batuque violeiro, um sorriso gracioso, o movimento seco das pessoas normais, o olhar molhado dos velhos na janela, de bengala e botas, o motivo não existe, só existe a vontade de te encontrar. Mas acho até que você não sabe o que existe em mim sobre você, não sei se ainda estou insistindo, ou se estou aos poucos esquecendo...As coisas que eu li, não explicam bem o que eu sinto embaraçado, sobre você...

A noitinha, a moça dorme pensando em quem mais amou na vida, quase sente uma tristezinha, mas esquece, sono, e de uma outra cama dividida por dois, aquele que mais foi amado, pensa na moça amadora, que ele deixou naquele dia de sol e alegria, e sente uma tristeza significativa, e o sono sofre nele, marcando de negro, o espaço que existe no rosto, debaixo dos seus olhos melancólicos e bonitos!

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