20 de abril de 2012

Não gosto

Que grito será este? Que me atormenta passados inteiros.
Eu vou te contar que você não me conhece, eu sei que eu tenho um jeito...
Meio estúpido de ser. Agora, eu me dispo ... Eu quero que você me veja nu.

Eu não acredito em mais nada; Que grito será este? De passados inteiros. Que grito?

Não quero só ficar bem na foto, quero dizer à que vim, mesmo que isso custe revelar coisas que não gosto em mim, você sabe, eu aprendi demais, quero dizer à que vim, mas, que grito será este? Cresci sobre um teto sossegado, eu vou te contar que você não me conhece.

[Câmara de ecos]

... O Mar beijando areias.
Céus, lua cheia que cai no mar.
Uma, estrelinha, solta no céu ...

[Câmara de ecos]

Mar sem fim, tua beleza aumenta quando estamos só.
Tua voz segue o mais secreto bailar dos sonhos.
Grande correnteza de lágrima e feridas sem fim.
Plantei em meu sertão sementes de mar.

[Câmara de ecos]

Youth Knows No Pain.
Não sou bom de pulo e cada dia mais me aproximo de um fundo.
Que grito será este?
Apertou-me o coração, e eu ia morrer agora, senti uma lagrima recequenta pular de mim e eu não sou bom de pulo, não é a primeira vez que morro por dentro. Que pérolas terei eu? Que grito, será este?

Alguma coisa grita sussurros em mim.
Alguma coisa...
Alguma coisa entrou por debaixo da porta.

Descobri meu suicídio principal, infinito, como meu medo, quando me perco de existir, e sou triste, releio-me inteiro, cada frase; Me construo um resumo melhor, como borboletas brancas, meu voo é sutil e quieto.

Agora.
Depois, só depois, sentia o corpo, como tinha que ser, eu quero que você me veja nu, eu me dispo, eu me dispo da notícia, e a minha nudez parada, te denuncia, e te espelha, eu me relato
Eu sei que eu tenho um jeito estúpido de ser. Eu vou te contar que você não me conhece. Metade de minha alma é feita de maresia.
O mundo é o mar.


[Câmara de ecos]

[...]


Não, voltarei aqui para falar novamente.
Eu vou lhe contar, você, não me conhece, meu coração alimenta uma tristeza infinda, minha existência, uma corda, mais fina que um fio de cabelo, uma corda de canto e eu quero lhe apresentar o meu canto, e eu quero que você me veja a mim, sei que eu tenho um jeito...

Jovens não conhecem a dor.

[Câmara de ecos]

Caminhei novamente para beira-mar.
Me tomei por cólera.
Tinha um pouco de medo para morrer.

[Câmara de ecos]

Não quero só ficar bem na foto, quero dizer à que vim.
O feio tenta ser bonito com sabão e água.

Tenho um pouco de medo para morrer, mas minha vida está em outro entendimento.

[Câmara de ecos]

Cresci sob um teto sossegado, e não acredito em mais nada, qual meu sentido ultimo?
Não me importo, não gosto.
Que grito será este?

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