Completamente reflexivo e introspectivo, eu me olhei, mergulhei até o fim do poço meio azul que foi meu interior, boiei lentamente de olhos abertos, fixo, sem reação e nu, livre das dores dos desejos, a vontade que tinha de ter no colo um outro colo igual ao meu, me apertar, pensando que por osmose a angústia se dissiparia, um complexo desejo inseguro e desajeitado de ser amado, em um vazio aquático, onde só estava eu, boiando nu ali, como afogado, mas vivo, como um afogado, mas ali, completamente ali.
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