28 de setembro de 2009

As entranhas doem como nunca, o sentimento é muito parecido com todos os outros, mas é tão intenso e real, que parece inédito.
Saudade inexplicável de um passado meio mal vivido, ou sei lá, uma busca insana desse meu presente pra que faça mais sentido no final, ou pra sentir ele na pele.
E por isso bebo e me lanço a mares de insanidade, pra ter o riso frouxo na ponta da língua, pronto para soltá-lo.
Chorei muito até agora, as lágrimas não vem mais com a mesma facilidade. Elas custam um pouco mais caro, e o sentimento parece mais intenso.
Uma saudade estranha de amigos estranhos.
Um pensamento sobre os rumos de cada um, e é estranho cada vez mais estranho.
É meio que aqui e em todos esses momentos que eu me sinto mais gente, e percebo que existo, e tento existir mais do que deveria, mais do que consigo.
Mas nada em mim transcende como eu gostaria, eu sou uma farsa para mim mesmo, uma mentira contada por um velho analfabeto e sem dente, uma mentira de praça, ou de boteco.

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