15 de dezembro de 2012

enfim


Eu o conheci no dia em que morreria, ele era lindo, a realidade era turva, noite, eu era ali feliz.
Era um cubo e víamos as pessoas ridículas, e as pessoas curiosas nos vinham espiar, e éramos ridículos também, e ali ele se matou, teremos que benzer e rezar o local, e pedir que se vá com luz, meu querido Luiz.
É que quando morre todo mundo vira santo, quando morre não existe mais crime, a alma é pura, e lindo, como era lindo, como foi bom conhecer, e como sinto mais do que nunca em toda minha vida, vontade, hoje eu sei o que é vontade, que vontade tenho de tê-lo.
Foram pouquíssimas palavras, e já tinha me feito feliz por 3 horas, me acostumei a acreditar que ele seria capaz de me fazer feliz por 3 anos ou mais.
Porquê o infinito não existe, e você realmente nunca sabe, quando é a hora da morte, não me contaram, não deu pra esperar.
Agora minha vida é mais uma vez estranha, e uma aura mística e fora das realidades ronda minha existência, e eu não tenho mais roteiro.
A tua alma, os teus lábios, que vontade que sinto de teus lábios, e eu jamais os terei, nunca foram meus, e eu não te conheço, minha alma chora tanto, e eu sinto sua falta, e  eu não te conheço.
Te vi na penumbra, e você passou com pressa, e disse que voltava.
Quando voltar me chame, pois eu quero te conhecer enfim.

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